quarta-feira, dezembro 15

Plano de ação de Revitalização do Colegiado Escolar




Plano de ação de Revitalização do
Colegiado Escolar





1.      Objetivo
Fazer com que o colegiado atue ainda mais, na elaboração, aprovação, tomada decisões relativas às ações escolares incluindo o gerenciamento dos recursos, assessorando a gestão da escola opinando sobre as ações desenvolvidas para melhorar o ambiente escolar e em conseqüência o  processo ensino-aprendizagem, atuando de forma colaborativa, com igual autoridade, no  cumprimento da função social da escola

2.      Justificativa
Quando existe a participação dos segmentos da sociedade na gestão, adotando-se a democracia como ícone da escola, melhora todo ambiente escolar onde as decisões são coletivas, as  decisões são legitimadas e compartilhada, existe então um comprometimento da escola com a comunidade, onde esta vai ser um agente  transformador da sociedade.
A comunidade tem que se sentir parte do processo, compartilhando das decisões e não como um convidado que não tem responsabilidade social com o mesmo.

3.      Ações e cronograma




Com este projeto levantamos a auto-estima de nossos alunos e da sociedade como todo, onde valorizamos todos e construímos uma escola para todos, onde estes são parte do processo determinando seu próprio destino.


4.0 Depoimentos dos atuais conselheiros:


“Participar  do conselho e notar que nós temos poder de decisão, mesmo sendo aluno, sendo valorizada,  foi uma experiência muito boa pra mim”.
Elizabete Braga – segmento aluno.

“Quando agente sabe da responsabilidade que é de nortear o destino de uma comunidade escolar e que existe uma parceria incrível entre a direção e o colegiado, se sem excessos de vaidades e com muita democracia, construindo uma nova escola”. Marielza Pereira dos Santos – segmento funcionários.

“Participar de um colegiado escolar é fortalecer a democracia. Melhoramos muito nossa escola e recuperamos o orgulho de ser Itaranense”  Professor Joselino Oliveira França – presidente do colegiado 2009/2010

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5.0 Reuniões do Colegiado

REUNIÃO  PARA ELEIÇÃO DO COLEGIADO ESCOLAR


REUNIÃO COM GESTORES ESCOLARES E PRESIDENTES DO COLEGIADO ESCOLAR



OBJETIVOS:

·       Discutir as diretrizes e os procedimentos para a eleição do colegiado escolar.

·       Fornecer as orientações para a mobilização da comunidade escolar    e realização da eleição.


PAUTA:

· Apresentação da equipe SEC/DIREC e unidades escolares presentes.
· Leitura da pauta de reunião.
· Retorno sobre a Capacitação do Colegiado Escolar.
· Apresentação de slide com data e mudanças na legislação.
· Leitura do roteiro de atividades: SEC, DIREC e U.E.
· Orientação sobre os formulários utilizados na eleição.
· Entrega de CD à DIREC contendo:
Ø  Pauta da reunião
Ø  Relatório síntese da capacitação do colegiado
Ø  Legislação
Ø  Regulamento Eleitoral
Ø  Roteiro de atividades para a eleição - SEC e DIREC
Ø  Roteiro de atividades para a eleição - U.E. e CEE
Ø  Formulários para a eleição
Ø  Quadro: Composição da Comissão Eleitoral Escolar
ØSlide: mobilização da comunidade escolar
Ø  Slide: mudanças no processo eleitoral


6.0  ROTEIRO PARA ELEIÇÃO DO COLEGIADO ESCOLAR - 2010

SEC / SUPAV


7.0 ROTEIRO PARA ELEIÇÃO DO COLEGIADO ESCOLAR - 2010









13.0 Legislação Vigente




a) DECRETO Nº 11.175 DE 18 DE AGOSTO DE 2008


Dispõe sobre a implementação dos Colegiados Escolares, nas Escolas Públicas da Educação Básica do Sistema Estadual de Ensino, e dá outras providências.


O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto no art. 249, da Constituição Estadual, e na Lei nº 11.043, de 09 de maio de 2008,


D E C R E T A

Art. 1º - As Unidades Escolares Estaduais realizarão processo eletivo para a escolha dos membros dos Colegiados Escolares.

Art. 2º - O processo eletivo será precedido de mobilização dos segmentos de toda comunidade escolar com realização de assembléias gerais nos turnos de funcionamento da Escola para participação na escolha dos novos membros do Colegiado Escolar.

Art. 3º - Poderão concorrer aos cargos de representantes dos segmentos dos Colegiados Escolares, os membros da comunidade que atendam aos seguintes critérios:

I - Estudantes devidamente matriculados na Unidade Escolar, a partir de 12 anos de idade e que apresentem freqüência regular;

II - Professores e/ou Coordenadores pedagógicos, em exercício na unidade escolar;

III - Servidores técnico-administrativos em exercício na unidade escolar;

IV - Pais e/ou responsáveis dos estudantes devidamente matriculados e com freqüência regular.

Parágrafo único - Podem participar do processo eletivo, profissionais pertencentes ao quadro efetivo da carreira do Magistério Público Estadual e os demais docentes contratados sob o Regime Especial de Direito Administrativo (REDA), bem como os servidores técnico-administrativo pertencentes ao quadro efetivo e os temporários, sob o Regime Especial de Direito Administrativo (REDA), lotados nas respectivas unidades escolares.

Art. 4º - A escolha do representante do segmento Comunidade Local será realizada em data posterior à eleição, homologação e posse dos novos membros do Colegiado Escolar, sendo admitido apenas um representante por escola.

§ 1º - São consideradas entidades que podem representar o segmento Comunidade Local aquelas que atendam os requisitos do § 2º do art. 3º da Lei nº 11.043/2008, sendo:
I - associações comunitárias;

II - sindicatos;

III - fundações;

IV - organizações não governamentais (ONG) e organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP);

V - instituições privadas e religiosas.

§ 2º - As entidades interessadas em integrar a composição do Colegiado Escolar deverão indicar um representante para participar da Assembléia Geral, que, por voto secreto, realizará a escolha do referido segmento.

Art. 5º - O Colegiado Escolar contará com, no mínimo 06 (seis) e, no máximo, 14 (catorze) membros, conforme artigo 4º da Lei nº 11.043/2008 e o disposto no Anexo Único deste Decreto.

Art. 6º - O Colegiado Escolar escolherá dentre seus membros titulares um presidente e um vice-presidente, de acordo com as instruções do Caderno de Orientações “O Colegiado Escolar fortalecendo a Gestão Democrática”.

Parágrafo único - O Caderno de Orientações, elaborado pela Secretaria Estadual da Educação, será distribuído antes das eleições a todas as unidades escolares do Estado.  

Art. 7º - Para acompanhamento quanto ao cumprimento das orientações legais e suporte ao processo eleitoral serão constituídas Comissões Eleitorais.

Art. 8º - A Comissão Eleitoral Central - CEC será designada pelo Secretário da Educação, mediante Portaria, expedida 30 (trinta) dias antes da data prevista para as eleições dos Colegiados Escolares, com a seguinte composição:

I - 02 (dois) membros da Superintendência de Acompanhamento e Avaliação do Sistema Escolar;

II - 01 (um) membro da Superintendência de Desenvolvimento da Educação Básica;

III - 01 (um) membro da Superintendência de Organização e Atendimento da Rede Escolar;

IV - 01 (um) membro da Superintendência de Recursos Humanos da Educação;

V - 01 (um) membro da Superintendência de Educação Profissional.

Art. 9º - A Comissão Eleitoral Regional - CER será instituída pela Comissão Eleitoral Central e presidida por cada diretor da Diretoria Regional de Educação, mediante publicação no Diário Oficial, 20 (vinte) dias antes da data prevista para as eleições dos Colegiados nas unidades escolares estaduais, com a seguinte composição:

I - o diretor da Diretoria Regional de Educação;

II - 01(um) membro da Coordenação de Desenvolvimento da Educação Básica;

III - 01(um) membro da Coordenação de Organização e Atendimento da Rede Escolar.

Art. 10 - A Comissão Eleitoral Escolar - CEE será instituída em assembléia geral e será composta por representante da Direção da escola e dois representantes indicados por cada segmento da comunidade escolar, para atender os turnos de funcionamento da Escola.

Art. 11- As eleições serão organizadas em observância ao Regimento Eleitoral, a ser elaborado e aprovado pela Comissão Eleitoral Regional em parceria com o Colegiado Escolar em exercício.

Art. 12 - Os casos omissos relacionados ao processo eletivo dos Colegiados Escolares serão analisados e decididos pelas Comissões Eleitorais Regionais e Central, em conformidade com a legislação vigente.

Art. 13 - A campanha eleitoral nas unidades escolares terá início 08 (oito) dias antes da data das eleições e depois de realizada a homologação dos candidatos por parte da Comissão Eleitoral Escolar.

Art. 14 - A apuração dos votos será realizada pela Comissão Eleitoral Escolar e terá início imediatamente após o encerramento das votações, sendo realizada em local público, na própria unidade escolar.

Art. 15 - A eleição ocorrerá 30 (trinta) dias após a publicação da Portaria que designar a Comissão Eleitoral Central, em cada Unidade Escolar, e serão realizadas a cada biênio, de acordo com as normas complementares necessárias a este Decreto, a serem editadas pelo Secretário da Educação.

Art. 16 - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário, especialmente o Decreto nº 6.267, de 11 de março de 1997.


PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, 18 de agosto de 2008.


JAQUES WAGNER
Governador



Eva Maria Cella Dal Chiavon
Secretária da Casa Civil
Adeum Hilário Sauer
Secretário da Educação





b) PORTARIA N.º 9.868 / 2008


O SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições, com fundamento no Art. 249 da Constituição Estadual, da Lei nº 11.043 de 09 de maio de 2008 e no Decreto nº 11.175 de 19 de agosto de 2008 e considerando a necessidade de:
• fortalecer a atuação dos Colegiados Escolares, por meio do estabelecimento de relações de compromisso, parceria e co-responsabilidade, com vistas à democratização da gestão escolar e melhoria da qualidade social da educação pública;
• regulamentar o processo eletivo, posse e funcionamento dos Colegiados Escolares,


RESOLVE

Art. 1º - Fica aprovado as diretrizes, procedimentos e instrumentos constantes no Caderno de Orientações “O Colegiado Escolar Fortalecendo a Gestão Democrática”, como orientações básicas para o processo de estruturação, processo eletivo e funcionamento dos Colegiados nas Unidades Escolares da Rede Pública da Educação Básica Estadual.

Parágrafo único - Os casos omissos relacionados ao processo eletivo dos Colegiados Escolares serão analisados e decididos pelas Comissões Eleitorais Regionais e Central.

Art. 2º - Determinar a realização do processo eletivo para o Colegiado Escolar em data determinada pela Secretaria de Educação durante a terceira semana de outubro de 2008.

Art. 3º – Esta Portaria entra em vigor da data da sua publicação, revogando-se as disposições em contrário, especialmente a Portaria nº 2181/97, de 09 de abril de 1997.


Salvador, 28 de agosto de 2008.
Adeum Hilário Sauer
Secretário de Educação


14.0 FOTOS














domingo, novembro 21

Projeto de intervenção: A MÁ INFLUÊNCIA DAS DROGAS LÍCITAS NO PERCURSO EDUCATIVO

 Projeto: A MÁ INFLUÊNCIA DAS DROGAS LÍCITAS NO PERCURSO EDUCATIVO .






1.    Introdução



                   Este projeto aborda a temática da influência das drogas lícitas, especialmente o álcool, no percurso educativo do educando. O mesmo busca identificar os fatores que levam os jovens ao uso dessas drogas, desenvolvido através de um diagnóstico, baseado em pesquisa de entrevista entre pais e alunos, apontando que é comum o uso de drogas licitas por alunos, notadamente os menores, do Colégio Estadual Luiz Viana Filho localizado no município de Nova Itarana/Bahia.

                   Realiza ao mesmo tempo uma reflexão a respeito da fundamentação sobre o tema apresentado, uma vez que se faz necessário uma apropriação do conhecimento teórico para a partir daí relacionar com a pratica cotidiana e só então partir para uma proposta interventiva com o objetivo de sensibilizar professores para a abordagem da questão, mobilização da opinião publica mediante campanhas de alerta, palestras e caminhadas de conscientização e facilitar às famílias a conversação com as crianças e jovens. Proposta esta desenvolvida na escola acima citada, com a participação de professores, equipe técnica e gestora, e com a parceria entre família, escola e comunidade, no sentido analisar as dificuldades encontradas por professores e familiares em busca de soluções para o problema detectado.

                   Espera-se que ao final desta proposta interventiva que nossos jovens se conscientizem dos perigos do uso das drogas licitas tornando-se protagonistas de uma mensagem para uma sociedade pensante, saudável e acima de tudo transformadora.
                  





2.    Dados norteadores da pesquisa



2.1.             Situação problema


Em nosso contexto escolar, percebemos que o uso de drogas lícitas encontra-se cada vez mais próximo de nossa juventude, muitas vezes atingindo-os na mais tenra idade. Tem sido comum encontrarmos adolescentes bebendo em rodinhas de amizade principalmente nos eventos festivos da cidade, muitas vezes faltando às aulas para fazer uso do álcool e há casos em que chegam à instituição de ensino já alcoolizados. 
Esta atitude vem provocando serias dificuldades no desenvolvimento cognitivo e social de nossos educandos, cabendo á escola desenvolver ações que possam solucionar o problema.


2.2.             Objetivo da intervenção


2.2.1.      Objetivo geral


Promover uma conscientização em relação à prevenção do uso de drogas lícitas, bem como reconhecer comportamentos de risco no contexto escolar e social.


2.2.2.      Objetivos específicos


a)        Informar sobre drogas lícitas, mostrando que elas causam dependência mental e física;
b)       Despertar o interesse dos alunos, educadores, país e familiares na busca e ações coletivas preventivas contra o uso dessas drogas;
c)        Facultar o acesso ao conhecimento historicamente produzido;
d)       Selecionar/sistematizar e socializar conhecimentos (conteúdos) que contribuem para a formação de sujeitos críticos, participativos;
e)         Confrontar e sistematizar os conhecimentos que o aluno traz para a sala de aula (escola) com os conhecimentos já elaborados (científicos), visando a (re)construção desses conhecimentos;
f)        Proporcionar e potencializar o desenvolvimento do aluno das suas capacidades cognitivas, afetivas, emocionais, motoras, através do processo ensino-aprendizagem;
g)       Possibilitar situações educacionais de produção e socialização de conhecimentos para que o aluno sinta-se sujeito do processo de construção da cidadania;
h)         Proporcionar informações, conhecimentos para que os educandos tenham condições de conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio cultural, bem como aspectos sócio-culturais de outros povos, grupos e nações;
i)         Estabelecer relações sociais democráticas no processo ensino-aprendizagem, possibilitando uma ação social autônoma na relação e convivência cotidiana na escola e na sociedade.
j)         Demonstrar às crianças e jovens de que existem prazeres saudáveis e que estão ao alcance de todos, em alternativa ao consumo de produtos que levam à dependência;
k)       Oportunizar o debate e reflexões em torno dos fatores sociais, familiares e econômicos que influem no uso dessas drogas;
l)         Fortalecer as redes sociais para reduzir os fatores de risco que contribuem para o uso da droga.


2.3.             Justificativa


O projeto surgiu da necessidade de se falar abertamente sobre os perigos das drogas lícitas, especialmente o álcool, em nossa comunidade por adolescentes e jovens na mais tenra idade.
O uso de drogas lícitas é um fenômeno sociocultural complexo, o que significa dizer que sua presença em nossa sociedade não é simples. Não só existem variados tipos de drogas, mas também são diferentes os efeitos por elas produzidos e a adolescência-período marcado por mudanças e curiosidades sobre um mundo que existe alem da família – representa um momento especial no qual as drogas lícitas e de grande apelo comercial exerce forte atrativo.
Engana-se quem pensa que adolescentes aparentemente sem problemas nunca experimentaram drogas. Por isso é importante informar ao aluno sobre os malefícios do vicio e da dependência. Em nossa comunidade é muito comum os jovens ter contato com o álcool e isso é preocupante, pois pode ser a porta de entrada para o consumo de outras drogas, alem do que dentro da escola isso vem trazendo prejuízos, uma vez que o desenvolvimento desses alunos vem diminuindo.

                   Partindo desta premissa é de fundamental importância que os gestores escolares concebam a escola como local privilegiado para trabalhar a prevenção às drogas pela possibilidade de acesso aos jovens e pela natureza educacional de seu trabalho. Há de se ressaltar, ainda, que a gestão educacional mudou no decorrer do tempo e as escolas devem estar preparadas para as dificuldades sociais e com as transformações culturais.  As instituições educacionais devem se afastar de cânones inflexíveis e passar a ver estas questões como os alunos as percebem, adicionando as necessidades e a demanda que surge no cotidiano escolar às práticas preventivas.


2.4.             Fundamentação teórica



O crescente aumento do consumo de drogas pelos adolescentes é comprovação cotidiana dos estudos científicos. Segundo Paulo Knapp, embora o homem adulto faça uso de drogas desde seus primórdios, o abuso de drogas por adolescentes foi reconhecido como um problema sério somente no século XX, ao final dos anos 50, com os primeiros relatos do uso de solventes. Nos anos 60, com os movimentos jovens ganhando força, as substancias químicas, principalmente a maconha e os alucinógenos, começaram a fazer parte de seu mundo e, desde então, as drogas povoam parte do cenário internacional.
Com vistas a compreender essa realidade, pesquisadores vêm realizando estudos que evidenciam as razões pelas quais ocorre essa experimentação e o uso regular das substancias que causam dependência, principalmente nesse período da vida.
Neste contexto surge a preocupação com o abuso das drogas consideradas lícitas e que podem funcionar como porta de entrada para o consumo de drogas ilícitas. O consumo de álcool é encarado como um enorme desafio para a nossa sociedade, uma vez que por ser uma substância psicotrópica lícita, com uma grande aceitação social, grande parte da sociedade tende a entender como normal o seu consumo. Em nosso contexto escolar, percebemos que o uso do álcool encontra-se cada vez mais próximo de nossa juventude, muitas vezes atingindo-os na mais tenra idade. Tem sido comum encontrarmos adolescentes bebendo em rodinhas de amizade principalmente nos eventos festivos da cidade, muitas vezes faltando às aulas para fazer uso do álcool. E fazem isso com naturalidade e, de certa forma, até para demonstrar que cresceram e que são independentes.
A adolescência deve ser encarada como etapa crucial do processo de crescimento e desenvolvimento cuja marca registrada é a transformação, ligada aos aspectos físicos e psíquicos do ser humano, inserido nas mais diferentes culturas.
Enquanto a puberdade é parâmetro universal, repetindo-se de maneira muito semelhante para todos os indivíduos, a adolescência é praticamente única, singular para cada um, sofrendo inclusive influencias socioculturais, o que a faz ser vivenciada de maneira diferente até por indivíduos da mesma família.
Para Offer e Boxer (1995), trata-se de uma fase critica do curso da vida, merecedora de atenção e estudo, e já não apenas vista como uma transição entre a infância e a idade adulta.
Segundo Balaguer (2002) a adolescência, desde os primeiros estudos de G Stanley Hall, tem sido considerada como um estado de transição, caracterizado por profundas mudanças biológicas e psicológicas em que os jovens tomam uma série de decisões de conduta que irão afetar a sua saúde tanto a curto como a longo prazo.
 Atualmente vivemos numa sociedade onde os adolescentes tendem a adotar com facilidade hábitos de conduta menos sãos (fumar, beber álcool, tomar drogas, entre outros) que aliados ao sedentarismo precoce, colocam em causa a saúde da nossa juventude. Na busca da autonomia do adolescente é natural que certas atitudes sejam arriscadas. Cabe aos adultos não ameaçar ou amedrontar, mas esclarecer e ensinar a conquista da autonomia e da liberdade com a devida responsabilidade (Papalia et al., 2001).
Antunes (1988) refere “O adolescente que bebe tem probabilidade de vir a ter comportamentos desviantes e o consumo excessivo interfere com as fases normais do processo de desenvolvimento em curso”.
Marti (1996) afirma “A adolescência é o período em que as características do individuo favorecem em maior grau o inicio do consumo de drogas, e inclusive, a sua tendência para a dependência (...) o estimulo para beber cerveja pode partir do meio familiar (pais bebem regularmente) ou do social, em particular o grupo de amigos”.
 A família é o primeiro grupo de referencia na historia dos indivíduos. Famílias desestruturadas contribuem para o esgarçamento da personalidade, tornando as pessoas frágeis e vulneráveis, podendo assim favorecer a inserção do risco. A ausência do afeto impossibilita a introjeção do mesmo, criando um vazio a ser preenchido das mais diferentes maneiras.
O modelo familiar funciona também como fator de proteção, onde estão presentes o amor, o compromisso, o respeito, o diálogo e também os limites que devem ser colocados com autoridade e afeto e nunca com autoritarismo. È necessário que o maior ensinamento seja o uso da liberdade vinculado à responsabilidade.
No processo de construção do ser humano, outros grupos de referencia vão se tornando importante, destacando-se a escola dentro da proposta preventiva. Se a meta é informar, ou melhor, formar, a escola deveria ter clara ser essa a função precípua. Nesse espaço pedagógico, torna-se legal a discussão sobre sexualidade, drogas, violência, projeto de vida. Existem deveres e direitos das escolas e dos alunos. A acolhida do aluno usuário de drogas, quer seja lícitas ou ilícitas, deveria ser a proposta da escola. Quem deve ser expulsa é a droga e não o aluno por ela vitimizado, o mesmo se aplicando à adolescente grávida, tantas vezes estigmatizada pela escola. A pedagogia moderna está baseada na avaliação do erro como proposta legitima de busca do acerto. O acesso da escola às famílias, a possibilidade de trocas e orientações amplia extra-muros o seu papel educativo.
Entre as varias situações que os jovens têm de enfrentar destacamos o uso das drogas licitas, especialmente o consumo de bebida de álcool. Esse assunto é um problema causador de grande preocupação em nossa sociedade, pois hoje de forma abusiva, está presente em todas as classes sociais. Assim se faz necessário a organização de debates e questionamentos que ajudem a encontrar soluções atenuantes ou erradicadoras das causas desse problema. Acreditamos que com a prevenção e o conhecimento poderemos evitar o uso indevido e generalizado das drogas, quer sejam lícitas ou ilícitas.




2.5.             Metodologia de trabalho


É fundamental o papel desempenhado pela metodologia no desenvolvimento de um trabalho de investigação, pois quase sempre os resultados finais são condicionados pelo processo, o método e a forma como se obtiveram esses dados. Segundo Fortin (1999, p.131) a fase metodológica consiste em precisar como o fenômeno em estudo, será integrado num plano de trabalho que ditará as atividades condizentes à realização da investigação.
Na elaboração de um trabalho de pesquisa-ação é importante que os elementos metodológicos em estudo estejam em perfeita sintonia, possibilitando deste modo, uma maior e melhor adequação das decisões e dos procedimentos científicos.
Para Polit e Hungler (1995, p.17) o método cientifico constituí um instrumento extremamente poderoso que auxilia na compreensão do mundo em que vivemos e na solução de muitos problemas de ordem prática.
Este estudo tem por finalidade identificar fatores que estão relacionados com o consumo de álcool de alunos adolescentes do Colégio Estadual Luiz Viana Filho.
Atendendo à finalidade e a natureza especifica sobre a descoberta de relações que levam os adolescentes a tal consumo e a influência deste problema para o percurso educativo, optou-se por uma metodologia quantitativa, através de questionário de entrevista.
A amostra foi constituída de 50 alunos e 50 pais de alunos, que apresentam consumo de álcool ou estão em suspeita de consumo e ainda que não estejam dentro do padrão de rendimento escolar esperado. Há de se ressaltar que os questionários não possuíam identificação nominal, exatamente para evitar o constrangimento.
O método escolhido foi o não probabilístico que, para Fortin (1999, p.208), è um procedimento de seleção segundo o qual cada elemento da população não tem a mesma probabilidade de ser escolhido para formar a amostra. Essa escolha deveu-se ao fato da população alvo ser somente aquela que apresenta consumo de bebida de álcool ou suspeita de consumo.
Os itens versam questões como: frequência, data com que começaram a beber, influência da família, relação com os pais, violência domestica, influência da bebida no desempenho escolar entre outras.
Tabulados os dados, os resultados apontaram que as suspeitas estavam corretas, pois a grande maioria absoluta dos entrevistados consome bebida de álcool. Dessa forma torna-se pertinente a execução desse projeto de intervenção com o objetivo de minimizar ou até sanar tal problema.  
Quadro 5 – Ações a serem desenvolvidas na intervenção
Ação
Responsável (is)
Prazo
Recurso(s) necessário(s)
Como esta ação contribui para alcançar o objetivo da intervenção?
Estudo sobre o tema em apostilas, livros e internet com grupos de alunos e professores.
Professores
30 dias
Internet, xérox, livros, computador.
Com a ampliação do conhecimento dos alunos sobre as implicações do uso de álcool.
Reuniões com Conselho Tutelar, Fórum, Equipe Gestora, Ministério Publico.
Comunidade Escolar
60 dias
Membro Conselho Tutelar, Juiz, Promotor.
Participando das ações de conscientização e inibindo o comercio de bebidas para menores.
Palestras, seminários, debates com participação de autoridades religiosas, organismos governamentais, profissionais de saúde bem como de pessoas que foram dependentes e conseguiram se restabelecer.
Comunidade Escolar
90 dias
Representantes dos Alcoólatras Anônimos, Psicólogos, Médicos, Ex-viciados, Psiquiatras, autoridades religiosas.
Conscientização e informação dos perigos do uso de bebida de álcool para a saúde física e mental.
Reunião de Pais e Mestres
Direção
60 dias
Sala de vídeo, microfone, Data show, computador.
Orientar os pais para que os mesmo se tornem parceiros da escola para a solução do problema.
Caminhada de alerta envolvendo a comunidade escolar e outras instituições alertando para a prevenção e o combate ao uso de álcool.
Comunidade escolar
60 dias
Carro de som, faixas alusivas, cartazes.
Mobilização da comunidade no sentido de alertá-la para a prevenção e combate ao alcoolismo.
Momento esportivo e cultural apresentando o lazer e o esporte como uma forma de prevenção contra o consumo de álcool.
Comunidade escolar
45 dias
Quadra esportiva.
Demonstrar que a prática de esporte requer boa saúde e que o lazer proporciona melhores momentos pessoais e sociais.
Cinema – Filmes que abordem a dependência de bebida de álcool.
Comunidade escolar
60 dias
Data show, dvd’s, som.
Chamar a atenção através do filmes que o álcool é prejudicial para a vida estudantil e social.
Divulgação na radio comunitária de chamadas alusivas do perigo do consumo de álcool.
Direção
120dias
Radio comunitária
Atingir o maior número possível de munícipes divulgando as ações preventivas contra o abuso de bebida de álcool.


Colaboradores:
Corpo docente, Corpo discente, Funcionários, Comunidade do entorno, Igreja Católica, Assembléia de Deus, Igreja Batista, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Saúde, Prefeitura Municipal de Nova Itarana, Profissionais da Saúde de Nova Itarana,Polícia Militar, Conselho Tutelar,  Direc 29 e Secretaria de Transportes.